Editorial 31 de outubro de 2019

Esta semana fazemos manchete do RVJornal com o futuro do Castelo da Ponte, isto depois de no último sábado, no Especial Informação da Rádio Vizela, o presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado, ter adiantando que em cima da mesa estão a ser estudadas duas possibilidade: ou a Câmara avança para a criação de uma incubadora de empresas de base tecnológica ou para a reconversão daquele edifício num hotel de charme (situação que no passado já chegou a ser abordada pelo Executivo de Dinis Costa mas que acabou por não conhecer mais desenvolvimentos).

Em ambos os casos deverão estar sobre a mesa, no caso do primeiro, financiamento comunitário ou da Administração Central, e no segundo, investimento de capital privado, daí o presidente do Município ter evocado a possibilidade de vir a existir uma concessão por 20 ou 25 anos, tal como existe já em relação às Termas de Vizela e ao Hotel Bienestar.

Tendo em conta a situação financeira da autarquia, sobre a qual Victor Hugo Salgado também falou nesta entrevista, é certo que muito dificilmente, o Município conseguirá, com capitais próprios, avançar sozinho com a requalificação do Castelo da Ponte. Ao mesmo tempo, vemos aquele emblemático edifício construído por volta de 1905, por iniciativa do Dr. Armindo Freitas Ribeiro de Faria - que lutou pela autonomia administrativa da sua terra natal - a “morrer a cada diz que passa” mesmo à entrada da nossa cidade.

Por isso, a prioridade será intervir. É conferir-lhe um futuro, porque o presente não serve a ninguém, não serve a Vizela.

E se há duas semanas escrevia sobre as eleições internas nas concelhias dos partidos com representação em Vizela e antevia um ato eleitoral no Partido Socialista mais participado do que o habitual, tal se acaba por verificar, com o vizelense Victor Cunha a anunciar esta terça-feira a sua intenção em se candidatar à liderança da Comissão Política do PS de Vizela, isto numa altura em que é expectável uma recandidatura da atual líder Dora Gaspar.

Entretanto, e ainda esta semana, o RVJornal fala sobre o assassínio brutal de um jovem vizelense em França. A notícia que nunca queremos dar. Mas que também não podemos deixar de divulgar. São em momentos como este que devemos deixar os julgamentos de lado e nos pormos apenas no lugar daquela mãe que na segunda-feira viajou até França para recolher o corpo do seu filho Sérgio. Dá um valente nó de garganta.

Até para a semana.