Editorial 16 de janeiro de 2020

Fátima Anjos

2020-01-16


Esta semana o destaque vai para as Termas de Vizela encerradas desde novembro. Realizada na terça-feira uma reunião entre o presidente da Câmara, Victor Hugo Salgado, e representantes do Grupo Tesal, ao qual está entregue a concessão do balneário, e da Companhia de Banhos de Vizela, pudemos perceber que estas só reabrirão portas em março.

De acordo com os responsáveis, nesta altura, estará em causa um investimento em novas tubagens e também nos locais de captação, uma vez que as anteriores infraestruturas estariam a interferir com a qualidade das suas águas.

É uma situação que a todos deve preocupar e que urge, efetivamente, resolver. As Termas continuam a ter uma potencialidade enorme como motor da economia local, numa terra que se quer diferenciar pela sua dinâmica no Turismo de Saúde e Bem-estar.

Uma situação que acaba por acontecer em contraciclo com a evolução recente das Termas de Vizela que, aos poucos, iam recuperando os aquistas, cada vez em maior número, e até se aproximando da comunidade vizelense após a abertura da piscina dinâmica. Termas que também iniciavam uma nova aposta na promoção dos seus serviços, de forma a se imporem no mercado nacional e até do norte de Espanha.

Agora, as portas encontram-se fechadas. Esperemos que possam reabrir em março, nesta altura já não há mesmo expetativas de que tal possa acontecer mais cedo. O primordial será, nesta altura, garantir a qualidade das águas, aliás foi sempre esse o bem mais valioso das Termas de Vizela que, pelas suas propriedades, se assumiu como um elemento diferenciador entre os demais balneários.

Aliás foi pelas caraterísticas das águas das Termas de Vizela que, apesar dos tempos mais ou menos tumultuosos vividos no balneário nos últimos 15 anos, entre aberturas e encerramentos, houve sempre quem voltasse para fazer os seus tratamentos.

Falar é sempre muito mais fácil do que fazer mas a verdade é que neste caso se aplica o ditado “Casa roubada, trancas na porta”. Talvez o investimento que se encontra em curso devesse ter surgido numa ação preventiva e não reativa.

Mas agora não há volta a dar. Há que resolver e esperar que as Termas de Vizela ultrapassem rapidamente esta dificuldade, salvaguardando, hoje e no futuro, a saúde e o bem-estar de todos os que a frequentam.

Todos os vizelenses terão a ganhar com as Termas abertas e a funcionar em pleno e o Grupo que as explora detém a responsabilidade de lutar pelo sucesso da mesma e ir de encontro às expetativas criadas aos seus utentes, como o Executivo o dever de supervisionar o caminho traçado, por em causa estar o interesse público da cidade.

Mas este é também um dossier que deve unir, em vez de criar divisões.
E a verdade é que não foi isso que aconteceu nos últimos 15 anos.