Ténis de Mesa do DJ Antunes quer dar mais passos no projeto

Mais atletas, melhores condições e subida dos Seniores à Liga de Honra Nacional são projetos para a nova época

A passagem da Casa do Povo de Vizela para o Desportivo Jorge Antunes, permitiu ao ténis de mesa levar o nome de Vizela a todo o país. Agora os responsáveis pretendem continuar o projeto, com a criação de mais condições de trabalho e o crescimento do número de atletas. Ao nível competitivo o objetivo é levar a equipa de Seniores à Liga de Honra Nacional.

A última época foi de transição, no entanto ninguém se ressentiu com a mudança, pois a secção transferiu-se quase em bloco da Casa do Povo de Vizela para o Desportivo Jorge Antunes. Acabou até por ser uma temporada muito positiva, como salienta o responsável José Batista.  “Foi uma época muito positiva, pois tivemos vários campeões. Uma época de muito trabalho, muitas saídas pelo país e muitos fins de semana dedicados à modalidade. Valeu a pena, por aquilo que se conseguiu, pelos resultados, mas também pelo trabalho que os mais novos conseguiram aproveitar”. Uma mudança feita há procura de melhores condições, que acabaram por ser proporcionadas, no novo clube.  “A maior mudança foi passarmos a ter transporte e não ficarmos condicionados nas deslocações. Era impensável na Casa do Povo, irmos competir no Seixal, em Vagos, Lamego e Viseu, entre outros locais, onde estivemos. Levamos Vizela de Norte a Sul do país”.  O responsável assegura que o crescimento está a acontecer, mas há ainda muito para fazer neste projeto. “O nosso maior desejo por esta altura era termos um local certo para treinar, onde pudéssemos ter a estrutura sempre montada. Precisávamos de um robot, para o treino, decerto que ajudaria a trazer mais jovens atletas para o clube, atletas que poderiam trabalhar a qualquer horário”.

Salienta que o presidente José Antunes está atento e logo que seja possível “vai facultar-nos essa situação, para crescermos muitos mais e termos muitos atletas”.  “Ao nível competitivo também temos muitos projetos, o mais importante é tentarmos chegar com os Seniores à Liga de Honra. Sei que é muito difícil, mas estamos empenhados. Estamos a criar grandes talentos e também cativamos jogadores com as condições que lhes damos”, afirma José Batista.

Sobre a nova temporada acredita que haverá dificuldades, mas destaca também que a sua equipa terá outras armas para apresentar. “Vai ser uma época um pouco difícil, porque os clubes estão a fazer apostas altas, na contratação de jogadores e até estão a contratar equipas espanholas. No entanto, com todo o nosso esforço e o nosso talento, vamos contrariar as dificuldades.  Nos Seniores temos um venezuelano, que já jogou a época passada, que já esteve no Vitória de Guimarães e vai trazer um irmão para cá, que também joga ténis de mesa e que quer jogar na nossa equipa. Temos que ser fortes, pois queremos subir à Liga de Honra”. 

Ao nível competitivo, a secção vai ter uma equipa de Cadetes que vai jogar o Distrital de Juniores e de Seniores. Os Seniores jogarão na 2ª Divisão Nacional, outras duas equipas Seniores vão jogar nos Distritais. O Desportivo vai ainda fazer os campeonatos distritais de Juniores e Cadetes. A equipa tem 18 elementos, mas está muito longe das expetativas dos dirigentes que querem a curto prazo ter 30.

 

Rui Silva: “Levar o ténis de mesa às escolas para ter mais atletas”

 

Rui Silva é atleta Sénior, mas também desempenha funções de treinador da Formação. Congratula-se por agora existirem condições, para que os jogadores possam estar em competições nacionais, uma vez que o Desportivo tem atletas que já não têm adversários ao nível distrital.  “Crescimento é poder levarmos os nossos jogadores a qualquer ponto do país. O nosso atleta João Picos ao nível distrital não tem competição, não tem adversários à altura e para poder evoluir tem que ir aos campeonatos nacionais. A vinda para o Desportivo permite essa vantagem”.  Gosta de ensinar os mais novos, sobretudo aqueles que se aplicam no trabalho. “Estou com a formação dos mais novos e é um trabalho gratificante. O sucesso de alguns é fruto do trabalho e da sua aplicação nos treinos.  O João Picos é um exemplo disso. Em agosto tivemos duas semanas de treinos intensivos e o João não falhou a um, as suas vitórias dão-me razão”. Acredita que tem tudo para ser um jogador de referência nacional daqui a alguns anos. “Vamos inscrevê-lo no Centro de Alto Rendimento, em Vila Nova de Gaia, para fazer treinos duas vezes por semana. Ele tem vontade em fazer isso, e os pais e o clube estão prontos para ajudar o atleta a ser cada vez melhor”.

Para o treinador é necessário atrair mais atletas jovens, o que poderá acontecer nas escolas. “Temos que encontrar mecanismos para atrair os mais jovens para a modalidade. Nesta altura estamos a tentar colocar em prática um projeto que é da Federação, “O Ténis vai à escola”, inseridos nas associações escolares do 1º ciclo. Espero que este projeto vá para a frente e que possamos ter mais jogadores no clube”, afirmou.

 

Jorge França: “Estou pronto para ajudar a equipa Sénior a subir à Honra” 

 

Jorge França tem 45 anos e é o jogador mais experiente do Desportivo, com grande parte da sua vida ligada ao ténis de mesa. Não esconde que gostaria de deixar de competir e apostar no ensino. “Eu já tenho muitos anos de ténis de mesa e julgo que está na altura de dar o lugar a outros. Só estou à espera que apareçam mais atletas jovens, para que eu possa passar para o outro lado, ou seja começar a dedicar-me apenas a ensinar os mais novos. Que apareçam meninas e meninos a partir dos oito anos, a idade ideal para começar”. Já pratica este desporto há 36 anos, mas continua motivado para ajudar o clube a atingir os seus objetivos. “Ainda me sinto com as reais capacidades, para dar tudo pela equipa, para que esta chegue à Liga de Honra. Tem surgido muita gente com qualidade e está a ser feito um trabalho de base, mas os miúdos mais novos ainda têm uns anos pela frente para jogarem nos Seniores”.

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