Lousada vai apresentar Estratégia Local de Habitação

Será na próxima segunda-feira, dia 02 de setembro.

De acordo com Cristina Moreira, vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Lousada, a Estratégia Local de Habitação (ELH) “é um documento estruturante”, que está relacionado com a legislação em vigor no âmbito da habitação, pois “o objetivo deste governo é que até 2024 todos cidadãos portugueses tenham uma casa digna”.

Explica a vereadora que “Lousada faz parte de um conjunto de primeiros Municípios que estão, neste momento, a delinear a ELH”.  Sendo que nesta primeira fase, o objetivo passa por “explorar bastante a questão do 1º Direito”, um programa que permite efetuar a recuperação de imóveis, nomeadamente de pessoas com deficiência ou idosos, ou então pessoas com poucos recursos financeiros. “Também dá direito a apoio para arrendamento e também dá direito a apoio para a aquisição de terrenos e construção”, sublinha a vereadora, acrescentando: “Aqui, Lousada está com ideia de que os jovens sejam os maiores contemplados, sobretudo os jovens casais, com filhos pequenos, para que aqui haja uma base de apoio às famílias com crianças para que no futuro haja uma possibilidade de elas acrescerem com qualidade de vida e uma situação habitacional digna”.

Segundo Cristina Moreira, em Lousada, nesta área, “a maior carência é a falta de habitações para arrendar”. Neste momento, estamos a viver uma época em que geralmente Lousada está a ter imensa procura, daí terem subido imenso as rendas, e as pessoas de classe média e média/baixa, que passam por dificuldades, começam a ter dificuldades em ter uma renda que seja de acordo com o seu rendimento”. “Esta será a nossa grande aposta”.

Para a elaboração deste documento, a vereadora enaltece a “preciosa ajuda dos presidentes de Junta, de alguns presidentes de associações e de párocos, para nos sinalizarem as situações mais precárias”.

Cristina Moreira salienta também o investimento que se procura fazer nas habitações sociais do concelho: “A Câmara, neste caso, vai incidir mais a sua ação nos empreendimentos habitacionais da habitação social que tem, que são três. Também fazer propostas para que haja obras no Bairro Dr. Abílio, que é pertença do (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Estamos agora em fase de sinalizar, contudo se houver necessidade de encontrar mais casas para alugar ou para situações - que também essas foram contempladas - desde complementos sociais, nomeadamente lares, ou casas para o arrendamento apoiado, ou até residência autónomas para pessoas com deficiência, e para pessoas com mais idade que ainda não estejam em fase de lar, provavelmente a autarquia terá aqui uma oportunidade, assim como as Juntas de Freguesia e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s), de adquirir alguns imóveis para poder transformar nas  respostas necessárias”.

“As famílias que foram referenciadas até agora são as que fazem parte da primeira fase e são essas que se podem candidatar, todas as outras vão também se poder inscrever na autarquia ou nas Juntas de Freguesia ou nas IPSS’s, que depois fazem chegar as informações ao Pelouro da Habitação da autarquia, para a segunda fase que deve ser meio ano após a entrega desta primeira. Ou seja, nesta primeira fase as candidaturas só podem ser submetidas em outubro e até ao momento teremos cerca de 500”, disse a vereadora.

E para a realização das obras, o maior investimento será da parte do Estado, “um investimento que pode chegar aos 85%”, admitiu Cristina Moreira.

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